terça-feira, 23 de agosto de 2011

Saiba como e quando os resultados da combinação entre atividade física e dieta começam a aparecer


Quando o objetivo é emagrecer, é preciso comer só folha, passar duas horas por dia na academia e conferir o peso todo dia de manhã, certo? Errado. A perda de gordura não acontece de um dia para o outro e dietas muito radicais podem até garantir perda de peso, mas de forma errada e até perigosa. Se a meta é emagrecer com saúde, é preciso ficar atento aos seus limites e ter muita paciência. Afinal de contas, o resultado esperado pode demorar um pouco para começar a aparecer.

Um plano de emagrecimento se dá pela combinação de uma dieta balanceada com a prática de exercícios aeróbicos. Para o especialista em Medicina do Exercício e do Esporte e Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), Jomar Souza, "se o objetivo é o emagrecimento, deve-se priorizar os exercícios aeróbicos com uma dieta baixa em gordura e que contenha de 50% a 60% de carboidrato, para evitar perda de massa muscular nas atividades. O tempo de resposta do organismo para um plano de atividades que objetivam o emagrecimento varia de acordo com o metabolismo da pessoa e pode ser mais ou menos lento. Em geral, mantendo-se uma atividade física regular combinada com uma dieta balanceada, é possível ver os resultados entre dois e três meses".

Os resultados mencionados por Jomar não necessariamente se referem à perda de peso na balança e, por isso, é preciso ficar atento ao plano de emagrecimento. "A balança é burra. Ela não diz o quanto se perdeu de massa magra e de gordura e a perda de peso mostrada por ela não necessariamente é a ideal. É possível emagrecer e manter o peso, perdendo gordura e substituindo-a por massa muscular. O ideal é manter-se em um peso compatível com a altura e reduzir a gordura corporal. Isso é o emagrecimento", diz.

A velocidade de perda de gordura, no entanto, varia de acordo com o sexo e com a idade. E as mulheres que já passaram dos 50 saem em desvantagem. "Os homens têm maior produção de testosterona, que ajuda a queimar mais facilmente a gordura corporal. Em contrapartida, as mulheres têm menos testosterona no organismo e têm estrógeno, que é um 'poupador' de gordura. Por isso, elas tendem a reduzir a gordura corporal de maneira mais lenta. Com o passar dos anos, especialmente entre 40 e 50 anos de idade, o metabolismo desacelera e a perda de gordura fica naturalmente mais lenta", explica o especialista.

Quem tem o hábito de fazer exercícios físicos já deve ter percebido que, depois que o corpo se acostuma à rotina, a perda de gordura passa a fica mais lenta. Isso é um bom sinal. Jomar explica que, "se a pessoa faz atividade física regular, ela melhora o condicionamento físico. Manter a mesma intensidade de exercícios após essa melhora diminui a velocidade da perda de gordura e é preciso aumentar a intensidade do exercício para se manter redução de gordura. O lipócito (célula de gordura) tem memória. A dieta esvazia o lipócito, mas ele resiste o máximo que pode para entregar o restante de gordura. É como se, ao retirar o alimento dele, ele fica mais voraz. A perda de gordura, assim, fica mais lenta à medida que se alcança o resultado que se quer atingir. É sinal de que corpo está respondendo à atividade física. Não se deve parar atividade, mas aumentar a intensidade de acordo com a orientação do tripé profissional que orienta a perda de gordura: educador físico, médico e nutricionista".
PorIlana Ramos
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